12/09/2016

Meio Café.

Faz mais de um ano que não escrevia por essas bandas.

Estar por aqui novamente não é bom sinal.
Descobri isso aos poucos, devagar e as custas de muita dor, demorei mas percebi, relendo post por post que esse lugar é um baú infinito aonde jogava (e parece que volto a jogar) dor, decepções e perspectivas infundadas.

Voltei, voltei porque cansei de meios cafés meias cervejas....

Uma vez, eu estava em uma mesa de um almoço: eu, o namorado da minha mãe e suas duas filhas.
A mais nova (da minha idade) foi a primeira a terminar seu prato e logo se levantou para correr e brincar. Seu pai então a corrigiu e a fez se sentar novamente pois eu não havia terminado de comer.
Eu não tinha mais que oito  anos, mas ali percebi a lição de que compania vai muito além de comer junto em sincronia, que eu não precisava correr com minhas garfadas para acompanhar quem estava na mesa, mas quem estava na mesa deveria demonstrar o apreço pela minha compania e permanecer na mesa tendo terminado ou não.

Vinte anos depois, me pego comendo rápido ou terminando sozinha.
Não vou me culpar por isso, fui educada (e muito bem) desde pequena e se minha compania só vale somente até o seu café terminar, nem se sente a mesa comigo.

Café tem em qualquer boteco.
Compania não.

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"Você não tá 
entendendo 
quase nada
 do que eu digo..."

12/07/2015

Eu Joana.

Outubro de 2014. Minha última postagem nesta página.
Quase um ano no calendário, quase dez na vida real.
Eu descasei, casei.
E me apaixonei, desapaixonei, reapaixonei pela mesma pessoa.
Eu tive uma filha, uma flor, Flor de Maria.
Passou natal, carnaval, passou feriado, férias.
Dias difíceis, dias dificílimos, dias doces e leves, muitos dias, nenhum igual ao anterior.
Continuo não gostando de shampoo com cheiro de fruta, odiando ervilhas e aqueles outros trinta e poucos ítens do post ali de baixo.
.
.
.
Hoje em especial não sei o que escrever, ou como escrever.
O copo não está vazio nem cheio, está na metade.
Indiferente com o mundo (tirando os que amo), nada me atrai ou e encanta.
Nada é de encher os olhos ou a boca d'água (exceto os que amo)
Eu me sinto escorrendo entre meus próprios dedos, me esvaindo de mim mesma.
Eu preciso me enfeitiçar, preciso voltar.
Já é Madrugada.
.
.
.
Então, uma música que não consigo dar o play.
De mim para mim mesma.
Um pedido.
Acorda!
Mata-me de rir,
fala-me de amor... já é madrugada.




Acorda,
Acorda,
Acorda,
Acorda.....

22/10/2014

Rei de Mim

Sobre a cama uma vitória,
Olhos inchados
ombros caídos,
joelhos dobrados
corpo fraco.
Fome
Dores
Tudo vazio.
Sobre a cama um corpo
deitado
estirado
quase falecido
repleto de vontade de estar de pé
ombros pra cima
joelhos sobre saltos
forte.

Quem es tu quando não és ninguém?
Quando torna-te algo quem passas a ser?

Uma realização
uma pessoa
uma comemoração
uma vitória
sobre a cama disfarça-te de tristeza
fecha os olhos
e comemora
a sos
sofres a dois
a tênue linha

Devo estar triste ou feliz?
Me indago.

Num colo
pro alto
sorrisos
relatos
anseio.

Ombros caídos
joelhos dobrados
olhos inchados
fome
vazio
peso e dor
recebo.

Hoje, por ser o melhor, é o pior dia da minha vida.
E não foi escrito a lápis.

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"E no final, assim, calado
Eu sei que vou ser coroado
Rei de mim"


19/10/2014

Que em mim é de mim tão desigual

Ando tão  a flor da pele...
à Flor...
Da Pele...
...
Flor...
Pele..
Bruta Pele...
Bruta Flor...
Bruta Flor da pele...
do querer.
Pelo querer...
Bem querer
Flor do bem querer...
Querer a Bruta Pele
na Flor...

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13/10/2014

Um Café Para Dois (Eus)

Eu ponho as xícaras na mesa, mas não sei quem se senta comigo.

É estranho e metafórico, eu me exponho (ou então me transbordo), pelas redes, pelos blogs, pelos papeis e tintas e canetas e gritos e sorrisos e gestos aleatórios e olhares.
Eu faço um café.
Sempre que preciso falar, ou que precise do silêncio, eu faço um café.
Um café.
Eu me sento comigo, parecendo que com mais alguém,
eu viro outro eu,
que não eu, que nem ninguém.
Tomamos um café.
Eu fico à mesa,
o outro eu vai embora e me deixa sempre a beira do tudo ou do nada.
A beira,
A margem
A mesa.
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Eus

Desenterrei uma velha lista de quem eu sou.
Me assustei.
Me assustei com quem eu sou, ou era, me assustei por não fazer grandes mudanças após alguns anos.
Susto bom ou ruim?
Susto.
Não me sinto imutável, talvez, a não mudança revele um estado inerte ou uma essência inerente.

Não sei, só sei que ao final, assim me coube:

  1. Eu amo café, muito, muito mais que qualquer coisa dessa lista, qualquer café, aqueles de boteco em copo de vidro, pareço doida mas chego a ouvir Noel Rosa cantando no meu ouvido ''Fecha a porta da direita com muito cuidado...''!!! Eu amo café!
  2. gosto de chuva e frio.
  3. Amo usar galochas nos dias de chuva (Amo dias de chuva só para usar as galochas)
  4. Gosto de dias frios e de chuva para tomar café com luvas e galochas, conversando e rindo ou sozinha lendo
  5. prefiro ler sozinha.
  6. gosto de carinho para dormir.
  7. Não suporto sabonetes coloridos e shampoo com cheiro de frutas ou flores (Com exceção dos meus óleos de Lichia)
  8. costumo usar as meias pelo lado avesso (para que a costura não me machuque).
  9. tenho pânico à abelhas.
  10. distâncias não me assustam
  11. Sou apaixonada pelos meus cabelos 
  12. Mastigo jogando o maxilar para o lado
  13. tenho o pé direito torto
  14. Amo macarrão com queijo.
  15. choro escondido quando triste
  16. Não curto comida japonesa, como por modismo.
  17. Prefiro prata à dourado. Mudei isso, hoje prefiro dourado.
  18. Prefiro blusa branca à preta.
  19. Tenho medo de escuro e de trovoada.
  20. gosto quando olham nos meus olhos.
  21. fico sensível depois do sexo.
  22. Gosto de verde porque que realça meus olhos.
  23. sou mais sensível do que aparento.
  24. Odeio passas, frutas cristalizadas, ameixa e afins
  25. Sou adepta a Ayurveda (meu dosha é Vatta)
  26. Me simpatizo com o Budismo (antes Umbanda)
  27. Adoro banho acompanhada Depois da Ayurveda, comecei a entender o banho como um momento meu...
  28. Odeio rosas vermelhas, amo flores do campo.
  29. Faço dieta como uma espécie de exercício de auto estima, não para emagrecer
  30. prefiro doce de abóbora a chocolates - ISSO NUNCA VAI MUDAR
  31. As menores coisas me encantam
  32. sinto saudades de poucas pessoas, na maioria das vezes elas não se dão conta disso.
  33. Adoro danoninho de maçã
  34. Prefiro os amantes a moda antiga
  35. As vezes só preciso de um abraço
  36. Odeio ervilhas


09/08/2013

Pela tela, pela janela

Noites que se dorme a sós e se acorda a dois, olha para o lado e não vê ninguém.
Fecha então os olhos e pronto, lá esta presente, 
lá dentro, não tão no fundo, mas já dentro.
Não conte a ele, ainda é segredo.

E como uma segunda pele, um calo, uma casca, uma cápsula protetora

Ai, Eu quero chegar antes prá sinalizar o estar de cada coisa

Filtrar seus graus...

19/07/2013

É tempo de amora, Amor agora, Boramar

Sobre Corações:

Tem dias que Blues, tem dias que rock, tem ate dias de funk...
Mas hoje, o meu bate bossa nova, sambinha, chorinho.

No doce ritmo de um delicado dedilhado de violão, e o arranjo da flauta ao fundo.
Hoje tem gosto e cor de amoras, tem cheiro de mar pela manhã, parece brisa leve e quase flutua.





Aperta o play e BORAMAR...

Boramar by Vander Lee - www.musicasparabaixar.org on Grooveshark

É vivo somente em uma sub realidade, mas ninguém vive só de ''pé no chão''.
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"É tempo de amora
Amor agora
Boramar"


24/06/2013

Me bagunça...

E quando um cheiro combina com um momento, ou quando um momento combina com um som, e tudo se mistura ao estado de momento.
Se nesse momento a gente parar e interligar os fatos, vamos nos ver em uma teia e quanto mais fatos se cruzam, mais densa a rede, mais segura de se jogar e cair...

Por esses dias tenho me visto em uma teia...
Foi meu perfume de lichia, com um frágil estado de momento, com uma incrível vontade de suspirar, e só consegui ligar tudo isso quando me deparei com O Teatro Mágico e uma canção que me deu a estranha vontade de me sentir aquela..

Ainda não sei se é um estado de momento triste esse, tudo tão cauteloso, tão distante e frio.



"Assimila, dissimula, afronta, apronta, diz: "carrega-me nos abraços
...
Parece que o coração carece e diz: "para!" Silencia.

Se embrulha e se embaralha,
Reconsiderar o ar, o andar , nossa absolvição, a escuta e a fala"
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23/06/2013

Esses dias, frios.



Noite fria, mente fria, peito frio... por dentro e por fora, por tão pouca roupa... por dentro e por fora.
Prefiro sentir o lençol por toda a pele; e mais uma bela metáfora de Leminski, meu preferido marginal.



cortinas de seda
o vento entra
sem pedir licença
(LEMINSKI, Paulo)





[Nada faz sentido, outra metáfora]
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11/06/2013

Um Caetano Para Dois

Em 1992, Caetano lançava (na minha opinião) sua maior obra: Circuladô Vivo.
Não, eu não estou falando do cd cuja capa seu rosto se mistura com um girassol, mas do Circuladô Vivo, um duplo de capa amarela com uns gráficos rupestres, que teve sua divulgação abafada pelo lançamento do primeiro Circuladô no mesmo ano.
Enfim, é desse tão querido cd, que procuro a anos em lojas físicas e virtuais (só encontro usados no mercado livre) que saem as canções que mais falam por mim.

Desde O leãozinho que remete a minha infância de cabelos desengralhados (e um ex amor que me chamava de Caetana) a Jokerman que me faz pensar em alguns seres, passando ainda por Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos me lembrando o carinho paterno que tive, a doçura de Chega de Saudade, a intensidade de A Tua Presença.

Então, essa semana, vamos Caetanear....







Sem mais,
Estou profunda e rasa por esses dias, começo a andar achando que dou pé, quando menos espero me afogo em mim e só eu sei quanto sou letal quando me tiro o ar.
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03/06/2013

FICA UMA DICA

Se você serviu de potinho para alguém derramar suas mágoas, não espere agradecimentos ou retorno.
E não se incomode com o fato, seja maior.
Afinal, quem diz ''muito obrigado'' ao Tilenol depois que a dor de cotovelo cabeça, passa?


O importante é saber não absorver as mágoas ou problema dos outros, o nome já diz: DOS OUTROS.
Saber também a tamanho de si, que se já passou por um obstáculo antes, porque não ajudar quem está nele agora e o principal: saber que somos homens, imperfeitos e ter passado por um problema antes não o exime de semelhantes no futuro.
Ou seja, hoje você é o ouvinte, mas amanhã pode ser o melancólico da vez.


Ai vai de cada um, nada como ser educado...

Como música pra semana, deixo o meu querido SAMBARROCO




ESSA LETRA É GENIAL!
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31/05/2013

Camuflagem

Hoje eu quis ter cabelos compridos, quis alongar meus curtos fios, porque a dias tento me misturar na multidão.
Juro, até pensei em loiro e liso. E fingir que não era eu.
Até perceber que maços de cabelo só fariam me esconder, ainda mais.
Acho difícil ser eu, acho difícil me entender e sentir. Ainda que eu me mostre, imagine então se me escondesse...

Desisti.
Ainda bem. 


Então, deixemos isso de alongar cabelos pra lá! Vamos comprar um sapato alto, um esmalte azul, fazer uma tatuagem e LEMINSKI...



Parem
eu confesso
sou poeta
cada manhã que nasce
me nasce
uma rosa na face
parem
eu confesso
sou poeta
só meu amor é meu deus
eu sou o seu profeta.




E MAIS UMA PARA HOJE...

Um homem com uma dor

um homem com uma dor 
é muito mais elegante 
caminha assim de lado 
como se chegasse atrasado 
andasse mais adiante 
carrega o peso da dor 
como se portasse medalhas 
uma coroa um milhão de dólares 
ou coisa que os valha 
ópios édens analgésicos 
não me toquem nessa dor 
ela é tudo que me sobra 
sofrer, vai ser minha última obra

LEMINSKI, Paulo.

27/05/2013

Parada no tempo.

Dias de repouso, com frio, são assim:


Camisola de Bolinhas....


Cobertor e chamego do gato


Um crochet para criar.... 


E ainda:
Chocolate quentinho,
Marisa Monte na vitrola,
Wood Allen com pipoca,
Um gibi  de Neil Gaiman....

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21/05/2013

Imagine.. Se um dia...

Visitando o recém nascido mais que bem vindo, necessário, ao fantástico mundo dos Blogs o SABEDORIA PERDIDA, me desenrolei em mil palavras ao tentar escrever um pequeno comentário por dois motivos óbvios: trata-se de um texto sensacional que não se comenta com meias palavras e tocou profundamente no meu momento.

Senti-me então na obrigação de aqui transcrever o fato e divulgar a página, afinal de que é feito os bons pensamentos e reflexões se não por reações e reações sobre o que nos atinge...


''Mas e aquele sorriso que aparece no canto da boca no decorrer do dia, sem motivo algum? Quem nunca sentiu''
(trecho do post)
Meu Comentário
Nem só por sonhos ou dejavu... Mas por tudo que a mente fantasticamente cria, ou descria.
Por uma palavra ou ato que a imaginação desdobra em mil possibilidades e interpretações possíveis e impossíveis principalmente.
E quando a mente descria ou impossibilita ou se trava para não se desdobrar ainda mais, o sorrisinho se transforma num frio estranho e medinho de ter externado tudo que imaginou e nada daquilo ser viável fora do âmbito imaginário.
Só sei que nada supera a delícia do ''impossível'' que a mente miraculosamente cria e em consequência o ato em si que multiplica as desdobras do imaginário.

Particularmente não mudaria nada do meu passado, pode parecer clichê ou nonsense, mas cada dor me trouxe ao meu presente.
 
 
É isso, sou isso, estou isso.
______________________________________________

14/05/2013

Post Dedicado.

Tenho andado meio com a mente vazia, dias de sei lá o que.
Não sei o que dizer.
Só me Vem Gal e Vander Lee.


Vou acender meu narguilé com laranja e deixar o som encher minha mente.



"Agora esquece essa intenção, que a vida acende  o candelabro da razão
juntando outros lados da mesma questão,
as cartas na mesa e as cinzas no chão,
dispenso as certezas, mas presto atenção
recolho meus cacos
e deixo nos braços da canção....

....e vou dar uma volta...."
___________________



10/05/2013

Para não morrer, Afogar-se.

Eu vim aqui hoje para falar das mãos, da delícia de ter tido uma super mãe, da grandeza de ter tido uma avó como mãe, do milagre ser mãe.
Mas eu tô na lanterna, no estado lanterna, completamente afogada. E eu amo isso.

Mãe eu te amo, vó Maricota eu te amo, Vivi, minha pequena, você sempre será a maior das minhas paixões e a todas que nossos destinos foram traçados na maternidade: obrigado por me tornarem aquela que com orgulho levanta a cabeça e segue.

Mas eu tô a flor da pele, no estado barco sem rumo, completamente sem vela.
E é disso que eu preciso falar agora, ou não seria eu.

Como eu adoro esse meu estado ''off'' do mundo, não pensar em nada ao mesmo que em tudo, mergulhada nas letras que saem do som, no sabor alaranjado do narguilé, na mistura das tintas, pendurada pelas escadas para alcançar o alto das paredes que ainda não ganharam cor.
Ainda que não possa desfrutar deste estado neste final de semana, afinal, minhas malas já estão prontas, os presentes embrulhados, a passagem na mão, a saudade apertando.
E dar início a saga Rio - Minas - Rio, tomar o cafezinho de vovó, o almoço de mamãe, o carinho de Vivi, a balada com os meus,...

Tudo devidamente registrado pelo // >> INSTANGRAM  << // como sempre =)

___________________________________
E são tantas marcas que já fazem parte
Do que sou agora mas ainda sei me virar
Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando vê se não vai demorar...
 

08/05/2013

Tudo igual no mundo das diferenças.

Eu que disse hoje mesmo que quase não vinha aqui para reclamar da vida, não pelo menos de forma tão clara e objetiva... Enfim, vamos ver se eu consigo fazê-lo sem meu toque lúdico.



É difícil entender e viver neste contesto, aonde a diversificação tem sido tão enaltecida ao mesmo que os padrões tão evidentes. Não é um conflito, a diversidade não bate de frente a padronização, é um estado de hipocrisia, aonde diz-se com a boca que é belo ser diferente ao mesmo que aos olhos só agrada o igual, o costumeiro.
E a sociedade é cruel, os padrões são cruéis, os olhos são cruéis. É difícil demais não ter longos e lisos cabelos loiros, não ter plástico em baixo da pele, não saber cantar o hit da rádio, não usar vestidos colados.
É difícil, é pesado, é complicado, é solitário.
Pode parecer pequeno, mas cada vez que alguém desconhece o que está tocando no meu fone de ouvidos, ou quando me perguntam porque não deixo meus cabelos crescerem, me sinto quase pequena, meio sozinha, meia incompreendida ou quase perdida.

Eu gosto mesmo é de ser eu, é de ouvir Celso, Chico e Rage; de ter meus cachinhos embolados, ser cheia de tatuagem e planejar mais tantas outras, de me sujar de tinta, incensos e narguilé.

Ainda que com umas bainhas, uns pneuzinhos, e tudo mais.

Ainda que vez ou outra a gente se canse de não se encaixar.

Ainda que vez ou outra eu não queira nem acordar.

07/05/2013

Um dia Concreto

Para uma semana que começou tão pesada, uma poesia concreta, Aroldo de Campos musicado por Caetano, porque eu realmente não sei o que escrever, vejo a página em branco  e não sei o que escrever, mas deixa-la em branco me traz o risco de que escrevam nelas por mim.
Dias de nada....




"Coração exposto como um nervo tenso retenso um renegro
Prego cego durando na palma polpa da mão ao sol
Circuladô de fulô ao deus ao Demorará..."





E para continuar, lá pro fim do dia, um expresso, forte e intenso e algumas das minhas orações, para que amanhã, tudo se encha.



Se pelo menos meu pensamento não sangrasse,
se pelo menos meu coração não tivesse memória,
como seria menos linda e mais suave a minha história."
(CACASO) 
 
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