Estava ouvindo
White Flag - Dido, lembrei de um texto que escrevi a um tempo, entretanto se encaixa como nunca ao meu momento agora. Alguns compreendem essa minha posição e por isso conservam-se ao meu lado. Entendo o quanto é difícil a quem está do lado de fora compreender o quanto a liberdade me prende.
É realmente incrível minha admiração pelas borboletas.
Alguém me disse que falar desses seres comigo era quase que discutir sobre a origem do universo, tamanho meu encanto.
Isso porque, as borboletas para mim vão muito além do que alguma espécie deste planeta, elas são a espécie mais parecida com o homem que tenho conhecimento, entretanto vão um pouco além de nós.
Metaforicamente pensando, as borboletas e os homens tem muito em comum, excerto pelas características das borboletas que o homem não possui.
Elas são aparentemente iguais entre si, mas se olharmos de perto se diferem em muito, assim como o homens, algumas se destacam pelo tamanho, cor ou beleza, outras são comuns. E essa característica muda de acordo com os olhos que a vêem. Posso me encantar por uma que outro pessoa passaria sem perceber a presença.
O que mais admiro nas borboletas é algo único, que a natureza não nos permite:
O voo.
Algumas vão mais alto que as outras, algumas batem suas asas com mais elegância, outras são desesperadas, elas são sublimes quando não inertes.
Mas este é também o maior mistério delas.
Como a maioria dos seres (inclusive o homem)
elas não podem ser pegas, aprisionadas.
Elas não cabem em gaiolas ou correntes e se feito isso as condena a morte.
O homem, o macaco, o urso, se conformam com suas gaiolas.
Para o pássaro, cantar alivia a dor de estar preso.
Os cães brincam com suas coleiras e não se importam com seu espaço restrito.
As borboletas não.
Elas declaram sua própria morte.
Viver presa não é sua natureza.
Por isso elas são tão grandes. Elas cabem na palma das mãos, mas basta que feche para mata -la.
O amor é como borboletas, Vêem não se sabe de onde e posam no coração de quem vê.
Quando fechas o coração, elas alçam voo como de um alçapão. Elas não tem pouso nem porto e alimentam-se de instantes no par de suas mãos e partem. Olhas então tuas mãos vazias, no maravilhoso espanto de saber que o alimento delas estava em ti.
(Bruna Tavares - Uma parodia de MQ)
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I will go down with this ship
And I won't put my hands up and surrender
There will be no white flag above my door
I'm in love and always will be.