29/11/2010

Quem Morre?

Que coisa absurda que estou sentindo, a ponto de não me reconhecer mais. É um aperto grande que vi do peito À garganta, como se algo quisesse sair, como se eu precisasse falar urgentemente algo a alguém.
Tudo por culpa de um sonho, que me deixou com imensas saudades. Já as sentia a uns dias, mas os últimos acontecimentos e meu estado emocional agravaram talvez.
E como é ruim se sentir perdida, sem direção, sem saber que parte de mim mostrar.

Em tempos assim, eu morro, lentamente.

Morre lentamente quem não viaja,quem não lê ,quem não ouve musica, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destroi o seu amor próprio ,quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito ,repetindo todos os dias o mesmo trajeto,quem não muda de marca , não se arrisca a vestir uma nova cor , ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os iss em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho , quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva que cai incessante

Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo , não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não respondem quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
(Pablo Neruda)

Eu me deixo ajudar, bem que você podia, um voo alto, eu não tenho medo da queda, algumas horas, poucas horas, um momento intenso.
E essas coisas se pedem? Sei lá.
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Barco sem porto, sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela.
Bicho solto, um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!

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