Com Cheiro de Café Coado no Pano

Quando o ônibus entra nas estradas entre Além Paraíba e Pirapetinga, é só olhar pela janela, o ar é leve e tem o doce e delicado cheiro de mato, o vento é fresco. Ou quando, de longe vejo a terrinha, quase posso ouvir essa canção no pé do ouvido.

Eu nasci no celeiro da arte
No berço mineiro
Sou do campo da serra
Onde impera o minério de ferro

Eu carrego comigo no sangue
Um dom verdadeiro
De cantar melodias de Minas
No Brasil inteiro

Sou das Minas de ouro
Das montanhas Gerais
Eu sou filha dos montes
Das estradas reais

Meu caminho primeiro
Vi brotar dessa fonte
Sou do seio de Minas
Nesse estado um diamante.

Cidadezinha com cheiro de café coado no pano, carioca com sotaque mineiro, aonde o gosto do queijo e a tênue divisa nos faz confundir os estados. Talvez porque não seja de nenhum deles, ou da parte boa dos dois.