E a vida vira um quarto bagunçado.

Algumas pessoas nasceram para se apaixonar e se apaixonar e se apaixonar de novo, como quem mata uma fome, ou supre uma necessidade temporariamente sabendo que a vai sentir novamente a qualquer momento.
Outras pessoas se sentam calmamente a frente da tv e mal nota que à janela ao seu lado a vida corre, o sol queima e as pessoas se apaixonam e se apaixonam outra vez.
Não conheço prova de que uma seja melhor que a outra em qualquer quesito, creio apenas que elas não se entendam.
É de fácil compreensão. Aquele comodo ao sofá não alcança a emoção de reapaixonar-se a todo instante, o ao amante é letal a calmaria e comodismo.
E a vida vira um quarto bagunçado. Aonde a gente revira e revira e revira atrás de uma nova emoção, de um novo apelido, uma tarracha de brinco, um carinho diferente, um fone de ouvidos.
E no meio da busca por algo profundo a gente vai se sensibilizando cada vez mais, começa a doer, cada vez mais e quando algo parece soar como a solução surge uma piada, uma brincadeira, uma gracinha. A gente ri por fora e a dor aumenta porque agora, também sente se a certeza de que esse é um sentimento único e exclusivamente seu.
Agora o mundo divide-se em pessoas revirando o quarto bagunçado da vida, pessoas afundadas na frustração de não encontrar aquele querido brinco - o reapaixonar-se - , e as sentadas a tv, rindo com um filme qualquer.


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Queria pedir desculpas aos meus leitores, por não saber falar de outro gênero musical se não o que gosto, por alguns erros de grafia/digitação, por ser sempre tão romântica melosa. Por este texto deprimido de hoje.