27/10/2011

Mais uma In/Direta

Que dias estranhos estão se passando, dias vazios e cheios ao mesmo tempo. Parece que nada se encaixa e tudo parece passar tão distante, tão pouco, ou supérfluo sei lá. Eu, que prefiro a vida mais intensa, tenha achado tudo tão cinza. E dias demais estão assim, não sou de por a culpa nos outros, até mesmo quando acho que seja. Tá na hora de viver algo profundo e forte, ainda que por instantes. Ainda mais com o fim de semana chegando, é bom começá-lo por cima! Tá na hora de arrumar o cabelo, toda trama, toda trança, concha do mar.
''Quando essa pretaComeça a tratar do cabelo
É de se olhar
Toda trama da trança
Transa do cabelo
Conchas do mar
Ela manda buscar
Prá botar no cabelo
Toda minúcia, toda delícia...''

Sendo assim, isso me lembra tantas indiretas ditas e não ditas, fingidas, despercebidas, deliciosas. Não sei se conheço coisa mais gostosa que indiretas, elas tem um charme incondicional, uma sonoridade gostosa que ganha cor quando sinto meu rosto corar, sim porque tenho esse defeito, fico vermelha a qualquer sinal logo mostro minhas vontades e desejos contidos sem precisar falar nada.
Sem mais papo furado, mais uma indireta:


Sai de si, vem curar teu mal, te transbordo em som, poe juizo em mim...Teu olhar me tirou daqui, ampliou meu ser, quero um pouco maisNão tudoPra gente não perder a graça no escuro, no fundo pode ser até pouquinhoSendo só pra mim simOlhe só: como a noite cresce em glóriaE a distância traz nosso amanhecerDeixa estar que o que for pra ser vigora




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