12/09/2011

Meu Trapézio no Ar

Quando triste me calo, porque minhas palavras tornam-se fortes e doloridas demais pra quem as recebe.
E o mundo me parece tão injusto que não merece minha voz, e as pessoas tão poucas para recebe-las.
Eu me calo e destruo dentro de mim tudo que me entristece.
Uma noite tensa, mãos tremulas...
Tequilas no bar, trapézio no ar, uma realidade menos morta.


Sobre meu fim de semana e as dores que venho engolindo e calando.



''Como beber dessa bebida amarga, tragar a dor e engolir a labuta?
Mesmo calada a boca resta o peito, silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa? Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta, tanta mentira, tanta força bruta
Pai! Afasta de mim esse cálice cale-se
Como é difícil acordar calado se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa, atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada, prá a qualquer momento ver emergir o monstro da lagoa''
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''Meu trapézio balançando lento, preso bem lá no firmamento
E eu tentando me equilibrar
De manhã ainda meio zureta, com rímel até a buchecha
Lutando pra tentar me lembrar
Do que fiz a noite passada, se foi tudo ou quase nada
Além das tequilas no bar
Geralmente não há nada de mal, o problema é a ressaca moral
Quando essa "frida" vem me visitar
Ontem eu era leve faceira. Hoje eu nem me lembro das besteiras
E às vezes melhor nem lembrar
Só lembro com exatidão: o copo, o sal, o limão e depois meu trapézio no ar''

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