07/09/2011

Quando Voar cansa...

O que nos torna diferentes é não perder os próprios desejos e sonhos de vista. É não sucumbir à facilidade de se unir a multidão, é não se render às olhares perversos de quem já não enxerga seus próprios quereres, de quem deixou-se morrer e renascer no meio do todo, sem graça, sem brilho, de vontades coletivas para aparentar uma normalidade e se tornar aceitável. Socialmente aceitável.


Mas tudo as vezes cansa e o único desejo é dormir como as outras crianças. Porque o público que se espera, nem sempre é o que te aplaude.


''A bailarina

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá

Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.''







Voar sempre, cansa -
por isso ela corre em passo de dança










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