Um post confuso, se eu fosse você nem o leria.
Estar rodeada de gente e sentir-se sozinha, é só o que eu não quero para o próximo ano, e em meio a pedidos tão grandiosos a minha volta, esse é só o que eu peço.
Porque não há solidão maior do que a que vem acompanhada.
A solidão abre espaços para aquelas certezas, aquelas que são tão verídicas que doem a ponto de as escondê-las de nós mesmos bem lá no fundo.
A dor de trazê-las a tona é quase insuportável, é sufocante e a solidão faz isso.
A solidão limpa nossos olhos, ela subtrai a película quase invisível de insanidade que altera a realidade dos olhos de quem não vive só.
E como é doloroso enxergar tudo tão friamente, enxergar tão friamente nossos próprios sentimentos, nossas próprias razões ocultas.
Algumas pessoas enxergam como especial o que me afasta da maioria, eu acredito que de fato seja especial, mas em dados momentos preferiria partilhar da cultura das maiorias.
Até aonde o conteúdo é tão importante? Pra quem é tão importante?
Aonde estão essas pessoas? Essas que se pode ouvir uma boa música, que sabem o valor de uma surpresa, que presenteiam com livros, que conhecem coisas que as tornam diferentes...
Ser especial é se alienar do mundo moderno e reviver os valores que de fato constroem o conteúdo, mas o que tem de especial em estar sozinho?
A verdade é que eu queria mesmo era falar de muitas coisas, do que espero para o próximo ano, das frustrações e conquistas deste, queria explicar minha solidão, mas acho que o que estou sentindo me torna suscetível a erros e confunde meus pensamentos de forma que, organizá-los requer calma.
Sinto saudades daquelas noites que começavam com vinho e Chico Buarque e terminavam numa roda com violão, canções aleatórias e opiniões brilhantes sobre elas.
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''A casa está bonita
A dona está demais
A última visita
Quanto tempo faz''
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