07/07/2011

Querido Diário

Existem mil maneiras de fazer uma mulher se sentir qualquer princesa, mas eu não quero ser qualquer princesa. Odeio maçãs, minha madrasta não é má, furo a ponta do dedo todos os dias e não por isso ou encantada.

Sempre gostei de coisas diferentes, diferentemente inteligentes, como o Pequeno Príncipe. Conheço sua história embora nunca o tenha lido, já o tive na minha mão por menos de cinco reais, mas achei uma absurdo comprar para mim um presente ridiculamente barato que me deixaria tão encantada, então o retornei a prateleira. Nunca li o Pequeno Príncipe e com algum pesar o farei isso.

Acho que toda mulher carrega um desejo de menina, o meu nunca foi um enorme vestido de noiva ou um sapo para beijar.
 Eu sempre quis um livro. Um livro grifado e rabiscado. Parece simples? Foi o que sempre achei. Por isso sempre o fiz. Grifei meus livros, escrevi nas orelhas o que aquilo me fez sentir, como se identificava comigo na ânsia de um dia dar-lhe a alguém. Acho mesmo que o que fui grifando foi o meu coração.

A Bela e a Fera é o meu livro/história/filme preferido. O Cântico dos Cânticos de Salomão e a obra que nunca encontrei, Clarice Lispector nunca soube por qual livro começar, Toda Poesia de Ferreira Gullar é o único livro que li mais de 2 vezes entretanto nunca o tive na minha estante, enfim, a lista é grande.
Mas hoje, exatamente as 18h sairei decidida a comprar o Pequeno Príncipe, quero ler, grifar, rabiscar e guardar na minha estante para sempre lembrar que eu me basto para me encantar.


''Deitada em minha rede com o livro sobre meu colo
em extâse purrissímo...não sou mais aquela menina com seu livro,mas uma mulher com seu amante..''


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