18/07/2011

Minha querida Galinha Maggi

Eu sinto falta do velho, do antigo, do clássico, do retrô.
Eu sinto falta das belas canções, das serenatas, dos amantes intensos, das noites estreladas que nunca vivi.
Sinto falta de uma época que nunca estive, a não ser dentro de mim.
E das que vivi...
Os bótons, os patins de quatro rodas, as tampinhas de refrigerante retornáveis, 
que saudade das minhas bonecas de cabeça de porcelana, da maquininha de tricô e daquela galinha Maggi que colocava ovinhos.
E que delícia era comer aquele chocolate da turma da Mônica assistindo aos longos episódios do Pernalonga orquestrado por clássicas óperas.


Eu tinha um cachorro de pelúcia que se chamava Marco Antônio e um de verdade: o Kessy Jonnes (Kessinho para os íntimos), um LP da Arca de Noé e um antigo exemplar do FLICTS.


Eu era FLICTS e passei a viver no mundo ''dos olhos para dentro'' quando descobri que FLICTS era do tamanho da lua.
Quando abri os olhos não me encontrei mais, o mundo ''dos olhos para fora'' é contemporâneo demais, moderno demais, prático demais, frio demais.


Hoje, posso com toda a franqueza dizer que só me toca quem já viveu ''dos olhos para dentro'', quem não se ajeita com essa nova realidade, quem preza o clássico, admira o retrô, quem já ouviu a Arca de Noé ou ja perdeu alguns instantes tentando tirar o ovo da Galinha Maggi.

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