19/10/2010

Eu não sou promíscua. Sou caleidoscópica:

''Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.''

Me encontrei hoje nas palavras de Clarice, sempre me li nas obras dela, mas neste momento em que estou tentando me definir para que alguns me compreendam, não encontro definições que se encaixem mais a mim como as dela.

''Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.''

Porque estar sozinho é tão pejorativo aos olhos de alguns? é que as Vezes não consigo pensar com tanto barulho, então me recolho. Observar de longe também é um modo de conhecer e admirar.


''Com todo perdão da palavra, eu sou um mistério para mim.
Me deram um nome e me alienaram de mim.''

É como diz Quintana no Caderno H: ''A Poesia Não Se Entrega A Quem A Define''. Me dar nomes, me encaixar em classes e afins é não entender minha essência.
Sou absolutamente diferente, como todo mundo!

''É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.''
 
 Ser sozinha não é ser solitária.
 

''Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante.''

A minha solidão é muito bem acompanhada.

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