14/01/2010

Só mais um texto meu.

Falo de saudade
(Bruna Tavares)


Falo de saudade como quem fala de um ser, invisível ao olhos mas não ao tato.
A saudade é mesmo um monstro, daqueles terríveis de olhos afáveis,
daqueles que se mostram feios, mas são indefesos e intocáveis.
A saudade aperta a medida que chega o momento de liberta-lá, ela se alimenta de tempo, não do período em que se está longe, mas do que se aproxima ao que se espera.
Ela não é cruel, não é maldosa, é só um ser que não sabe seu lugar, é só a indignação da alma em querer reviver o que já passou.
A saudade é sozinha, nada a alcança ou a detém, ela está além da compreensão com sua feiúra encantadora, ela vive um pouco de nós e nós vivemos dela.
Não se determina a quem alimentar a saudade, ela quem escolhe, ela quem define.
Ela quem comanda, ela quem joga, somos uma das peças de seu tabuleiro.

Eu falo de saudade como quem fala de um ser, invisível ao olhos mas não ao tato.

2 comentários:

  1. Bruna, meus parabéns pela sua postagem. Realmente são palavras de uma pessoa bem sensível.

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  2. Obrigado pela visita e pelo comentário, mas só algué tbm sensível pode compreender.

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