Sobre os Novos Velhos Homens

Hoje, os filhos homens são criados machistas, machos quase vikins.
A diferença é que os vikings bebiam seus vinhos, presavam a força física e subestimavam as mulheres por sua cultura antiga e local. Os jovens de hoje, com toda a presença da tecnologia, informação e estudo preferem ainda remeterem ao passado como inspiração para comportamento.
A justificativa? É melhor ter um filho canalha que um filho gay.
Então, não seriam os pais vikings?
Não sei, só sei que é o que me passa quando vejo os novos viking do terceiro milênio: Pouca idade, sem camisa, um carro (há o carro, este como o cavalo, não pode faltar) e uma boa garrafa de vodca.
E lá vai o rapaz, semi bêbado com sua fêmea que mal sabe o nome com cabelos voando na janela do carro que o papai me deu.


É por isso que as meninas estão se apaixonando hoje. É por esse novo velho homem que elas sofrem, ou melhor sofriam, porque sua educação também mudou.


Como um tipo de ''ação x reação'' as meninas estão aprendendo a ser ''qualquer uma'' e pior, a se orgulhar disso. 
''Ontem peguei 3, 4, o fulaninho tem carro, olha aquele carinha com um combo de bebida na mesa''
É cada dia mais bonito ''estar na pista'', ser solteiro é orgulho, já não se sente mais saudade de um ombro, um alguém a quem confiar, um confidente, um amor, uma família.


E mudam as músicas, e mudam as crianças, e muda o mundo e seus valores.


Nesses tempos de nova cultura, eu me perdi em alguma parte do caminho, como tantas outras pessoas que assim como eu preferem dizer:
Meu Deus, me dê um filho gay, mas não um filho viking.


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