05/04/2011

Depois do vôo, as borboletas.

Depois da delícia de ter o vento entre as asas é preciso sentar-se em um canto tranquilo, sozinho e respirar fundo para planejar o novo trajeto.
Reorganizar-se, pôr a vida em ordem, enquanto nesse mesmo instante as novas flores nascem do pólem que foi deixado para trás. E quando for a hora certa, o seu perfume convidará a um novo vôo pelos campos que nós mesmos plantamos sem olhar para trás. A delicia é a surpresa das cores que nunca imaginamos ter criado.

''Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores                               
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores                                
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores        
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho                                  
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho        
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho                              
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim''


___________________
Gosto da noite imensa,
triste, preta, 
como esta estranha borboleta.
Que eu sinto sempre a voltejar em mim!...
(Florbela Espanca)

2 comentários:

  1. É impressionante como você põe em lindas palavras tudo o que estou sentindo!

    Obrigada por dizer ao meu coração o que, há tempos, a consciência tentava dizer! ;)

    Bjooo

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  2. Vc não imagina como isso me deixa feliz!
    Sua presença por aqui é realmente especial!
    bj

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