É terrível a sensação que me assombra de forma frequente e silenciosa.
Uma sensação de estranheza com o mundo, como se eu não o pertencesse, pelo menos não o que me rodeia.
Eu tento disfarçar,
eu tento me disfarçar,
mas a verdade é que vivo um conflito de gerações na própria geração que pertenço.
Nem sempre é tão ruim, ruím mesmo são os momentos em que acredito estar imersa nos costumes da nova juventude e percebo que não, sou totalmente diferente.
Com isso aprendi que é possível sim ser feliz sozinho contanto que sozinho no seu próprio mundo, nas suas próprias fantasias e gostos.
Com suas crenças e loucuras mais íntimas. É ali e somente ali que a vida nos permite a felicidade fundada na solidão.
Em alguns momentos é possível deixar alguém entrar, etretanto correm-se dois riscos: o risco de um grande sentimento brotar (por admiriração) ou o riso da fulga (por medo ou susto).
A verdade é que a delícia na vida é conhecer as diferenças que cada indivíduo guarda em si.
Por isso não entendo porque tanta gente insiste em ser igual!
Então, te convido a cantar comigo, um que tanto gosto:
Noel Rosa
O mundo me condena, e ninguém tem pena falando sempre mal do meu nome.
Deixando de saber, se eu vou morrer de sede ou se eu vou morrer de fome
Deixando de saber, se eu vou morrer de sede ou se eu vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia, a viver indiferente assim
Nessa prontidão sem fim vou fingindo que sou rico pra ninguém zombar de mim.
Nessa prontidão sem fim vou fingindo que sou rico pra ninguém zombar de mim.
Não me incomodo que você me diga que a sociedade é minha inimiga
Pois, vivendo nesse mundo, vivo escrava do meu samba.
Muito embora vagabundo.
Pois, vivendo nesse mundo, vivo escrava do meu samba.
Muito embora vagabundo.
Quanto a você da aristocracia que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escravo dessa gente que cultiva hipocrisia.
Há de viver eternamente sendo escravo dessa gente que cultiva hipocrisia.
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