Agora sim me sinto apta a falar sobre Alice.
Desde o momento em que me retirei do cinema (a quase uma semana) até hoje, venho tentando compreender o que me deixou tão próxima da jovem Alice Liddel, depois de ler algumas críticas enfim compreendo.
Alguém disse que a pequena moça viajava em sua imaginação criando seu próprio mundo como uma espécie de fuga à realidade guiada por angustias de uma criança que se isola do mundo talvez por ser vítima de abuso.
Até ler esta crítica em particular, eu realmente acreditava que tratava-se de uma moça esquizofrenica com alucinações ou até mesmo drogada (devido ao chá), logo não encontrava a referencia a mim que via nos olhos da pequena moça.
Agora, tenho que concordar que Alice se isola em seu próprio mundo aonde, ao contrário da realidade, ela pode ser uma heroína, salvar a todos, encantar a cada passo que dá, aonde todos sabem seu nome e se surpreende em ve-la, ainda que estivessem esperando-a a muito tempo.
Eis então que surge minha relação com a protagonista, creio que o abuso que Alice sofreufoi a própria solidão ao qual foi submetida. A omissão ao seu redor em enxerga-la foi tamanha que fez com que a menina imaginasse um mundo aonde ela fosse o centro das atenções.
Desta forma acabo vendo o filme de duas maneiras, de um lado a triste e solitário mundo de Alice, do outro o feliz e ideal mundo imaginário.
Não que eu me deite a noite e sonhe estar tomando chá com um coelho e um chapeleiro super simpático, mas posso dizer que se Alice vivesse nos tempos atuais, ela viajaria para algum www.paisdasmaravilhas qualquer.