Incomum, surpreendente, indescritível e no mínimo o que foi as exposições Anticorpos – Fernando & Humberto Campana (CCBB) e A Terra vista do céu do fotógrafo ativista Yann Arthus-Bertrand em exibição na Cinelândia.
Mas não é nada disso que vim falar, os dois eventos foram sem dúvida sem igual, mas a noite de domingo fechou em grande estilo mesmo no Espaço Cultural Caixa, ao som de CHICAS.
O quarteto sensacional formado por Paula Leal, Isadora Medella, Amora Pera e Fernanda Gonzaga (últimas duas filhas de Gonzaguinha) fizeram jus a primeira canção interpretada na noite: Divino e Maravilhoso.
Esse foi o show, completo, perfeito,divino, maravilhoso.
Com direito a performances das moças com seus inúmeros instrumentos, um repertório de uma grandeza absurda em vozes sem igual.
A noite trouxe ainda Desde a tradição de Baião de Rua, à crítica social do Rap do Silva.
Androginismo, o maravilhoso Quereres de Caetano, a absurda emoção de Espumas ao Vento do mestre Accioly Neto, pra fechar Ter que Esperar de composição dessas novas divas da MPB.
Um espetáculo musical com direito ainda a leitura do grande Ericson Pires a pouco bem recebido nos portões do céu da boa poesia, Eduardo Galeano em ''Os Ninguéns'' e o meu poeta marginal preferido: Cacaso.
EM TEMPOS DE CRISE NASCEU A CANÇÃO, como assim diz o nome da turnê, podemos dizer que EM TEMPOS DE CRISE na música brasileira NASCEU CHICAS e renasceu a canção.
"Ah se pelo menos o meu pensamento nao sangrasse
Ah se pelo menos o meu coração não tivesse memoria
Como seria menos linda e mais suave a minha historia."
(Cacaso)